Lindos pingentes de pecado

Quando lemos a Bíblia, luz é jogada na nossa vida. A partir desse momento, podemos realmente enxergar a natureza das nossas ações e dos nossos hábitos. Antes, no escuro, tateávamos em vão, criando na nossa mente uma imagem de como era a realidade. Agora, com a luz, temos certeza de como as coisas são, de como elas funcionam.
John Piper tem uma analogia muito boa para o que estou querendo dizer. Você está no escuro. E você tem um colar com um pingente. Um lindo pingente. Não que você já tenha o visto algum dia, mas você o carrega nas mãos. Você o acaricia dia após dia, decorando as ranhuras de sua superfície, sentindo a textura áspera da parte da frente e a lisura da parte de trás. Você ama seu pingente!
Mas, num belo dia, você está na luz. Você olha para o seu pingente e percebe que, durante todo esse tempo, você tem carregado uma barata no seu pescoço. Qual é a sua reação imediata?
Arrancar o pingente e jogá-lo fora?
Ou colocá-lo dentro da sua roupa para que ninguém veja?
Deus quer que eu arranque esse pingente (que simboliza o pecado nessa analogia) e o jogue para longe. Esse processo, de arrancar o pingente, nada mais é do que a santificação. Nós percebemos a natureza perniciosa do pecado e nos livramos dele. Essa é a vontade de Deus; que você tire essa barata do teu pescoço.
Mas, muitas vezes, não fazemos isso. Criamos “pecados de estimação”, como gosto de chamar. Nos santificamos em diversas áreas, mas escolhemos aquele pecado do qual não abrimos mão. Gula, pornografia, inveja, ganância, orgulho. Eu sei qual é o meu. Você sabe qual é o seu.
Sabemos que aquele pingente na verdade é uma barata asquerosa e nojenta. Mas, poxa, por tanto tempo gostei daquele pingente. Ele não pode ser tããão ruim. Então, por sabermos que baratas não são muito bem vistas como pingentes (ou melhor, que aquele pecado não é tão bem visto pelos cristãos), escondemos a tal barata embaixo das nossas roupas, onde só nós saberemos o que está acontecendo.
Agora, me diga uma coisa: qual é a diferença entre a pessoa que está no escuro, acariciando o pingente, e a pessoa que sabe que o pingente é uma barata, mas não consegue se livrar dele?
De maneira prática, a diferença é nenhuma. Tanto a pessoa que está no escuro e ainda não foi convencida que está pecando quanto aquela que tem plena noção de que o que faz é errado – mas continua fazendo – estão em pecado. As duas não estão se santificando, muito menos fazendo alguma diferença no mundo.
Meu objetivo com o texto de hoje é fazer com que você, leitor, perceba que um cristão não pode se acomodar com o pecado. Nossa vida é andar na luz, e a natureza da luz é revelar o que antes estava na escuridão. Se não nos santificarmos, do que adianta saber o que é certo e o que é errado?
O pecado ofende a Deus, como já falamos inúmeras vezes aqui no blog, mas o pecado também destrói a tua vida. Deus não está preocupado apenas com Ele quando nos exorta a sermos imitadores de Jesus. Ele está interessado em lhe curar. Ele quer que você perceba que esse pingente tão lindo, tão precioso, tão amado, na verdade é uma barata. Algo que precisa ser atirado para longe. Apenas assim você será santo. Apenas assim você ficará cada vez mais próximo de Deus.
Graça e paz!
0 respostas: