Ajudando as irmãs

Na nossa cultura é comum haver um estímulo a competição feminina. Desde pequenas ouvimos que “mulher não é amiga de verdade”, que apenas homens conseguem ser bons amigos por muito tempo. Nos contos de fadas a vilã sempre é a madrasta, a meia-irmã, a bruxa. Nos comparamos com outras mulheres e fomos criadas para impressionar o sexo oposto. Será que isso agrada a Deus?

Somos igreja. Somos a noiva de Cristo. Somos um só corpo. Como tal, devemos entender que cada um de nós tem uma função e que cada um de nós é especial para Deus. E mais: somos iguais. Temos o mesmo valor. Cristo morreu por todos nós, e é isso o que importa.

Quando pensamos em uma perspectiva eterna, essa história de competição feminina vira bobagem. Mais um traço da cultura caída na qual estamos inseridos. Mulheres não são concorrentes, mas sim nossas irmãs! É muita tolice trocar uma amizade que pode ser edificante para ambas por vaidade ou inveja.

Fora essa necessidade de sentir-se mais bonita do que a outra ou mais notada do que a outra. Primeiro de tudo: beleza é uma coisa completamente relativa. De verdade! Ninguém é interessante pelo seu exterior. Pare de olhar para os lados e olhe para dentro. Reforme o seu interior, buscando sempre Jesus, e a real beleza vai irradiar de você.

Quanto ao ser notada: nem Jesus gostava de multidões. Ele se recolhia, ia para o mar para se distanciar daquele tanto de gente que o seguia. Se o nosso Mestre não gostava de receber muita atenção, isso deveria nos ensinar algo: os tesouros não ficam em vitrines. Isso não significa que você deve se trancafiar em casa, mas sim que isso não deve ser uma preocupação. Chame atenção por quem você é, pela forma como você vive aquilo que acredita. Isso é o que impressiona, não o quão alto você fala.

Por outro lado, você e eu podemos explorar a outra face da moeda: uma sisterhood (ou seja, uma irmandade). Ter amigos é algo natural para o ser humano (até Jesus escolheu uns caras pra andar com Ele!) e extremamente importante para o nosso desenvolvimento como cristãs. Seja sábia ao escolher suas amigas e as ajude a crescer espiritualmente. Uma rede de amigas que compartilham da mesma fé que a sua é incrível para desabafar, pedir conselhos, receber encorajamento e ter alguém para compreender suas lutas.

Pode ser difícil desconstruir esse hábito de constante comparação entre você e outras mulheres, mas tente, a cada dia, ver todas as moças do seu convívio como irmãs em Cristo. Membros de um mesmo corpo. Talvez outras sejam mais extrovertidas, tenham alguma habilidade que você não tem ou tenham tido uma experiência que você gostaria de ter vivido. Mas isso não é motivo para não aprender a amá-las como irmãs: Deus nos fez diferentes porque Seus propósitos para cada uma de nós é único. Quando nos concentramos em viver o nosso chamado, entendemos que essa diversidade é maravilhosa!

Graça e paz!