Primeiro amor.

Me descobri apaixonada. Perdidamente apaixonada.

E ele é o homem da minha vida. Tenho certeza. Não há mais dúvidas: a minha procura finalmente terminou.

Ele não tem muito dinheiro, eu sei, mas isso não importa. Sua origem é simples, mas ele se comporta como um rei. Sua postura me traz segurança e ele me diz, suavemente, que mandaria os ventos pararem só para que eu acalme os meus nervos.

Ele não é muito bem visto pelo mundo, eu sei, mas isso não importa. Ele tem o melhor grupo de amigos que alguém poderia ter! Eles têm esse projeto de sair por aí, à pé, e conhecer esse mundo, bem do jeito que ele é. Ele conversa com todos aqueles que a sociedade despreza: mendigos, prostitutas, gays e criminosos. E em uma dessas andanças ele conversou comigo. Ele não me tratou de maneira diferente ou privilegiada, e meu orgulho, um pouco ferido, quis saber quem era esse cara.

Não foi amor à primeira vista, mas ele me conquistou aos poucos. Me contou coisas que eu nunca vi, me mostrou quem eu realmente sou e me completou. Me transbordou de alegria, mesmo quando minha vida estava caindo aos pedaços. Eu contei dele para os meus pais, mas eles não acreditaram que alguém poderia me mudar tanto. Meu pai disse que já havia conversado com ele, há muito tempo, mas nunca tinha dado muita confiança. Minha mãe me falou que havia muitas outras opções no mundo, que eu não precisava me comprometer com apenas um. Mas já era tarde.

E então chegou o grande dia. Ele pediu uma prova de amor. Eu não tinha certeza. Queria esperar mais um pouco. Mas eu sabia que era preciso. Ele pedia a minha vida. Ele pedia a minha morte.

E eu morri.

Talvez eu tenha esquecido de te contar isso, mas ele morreu por mim, também. Ele morreu porque eu sou cheia de defeitos, cheia de mácula, cheia de pecados. E a bondade que saiu do corpo ferido e crucificado dele cobriu minhas falhas. Ele me pediu, e eu morri junto com ele. Ele disse que nós apenas viveríamos juntos se eu morresse, e eu morri.

No início doía. Mas a alegria foi tomando os espaços das dúvidas e das reclamações. E não consigo ter o suficiente. Tenho sede e fome dele, das palavras que ele fala, de quem ele é. Ele é perfeito, e é meu noivo. E meu irmão. E meu Deus.

Me descobri apaixonada pelo Jesus que parou os ventos, que fez um pecador andar sobre as águas, que me chamou enquanto eu me afundava em uma vida sem sentido. Descobri o amor que nunca vou encontrar em lugar nenhum. Descobri que minha procura pela minha alma gêmea foi interrompida, porque já estou completa Nele.

Ele é único na minha vida. Tenho certeza.

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Esse é um texto diferente do que usualmente postamos como devocional, mas sinto que nossa geração se esquece, muitas vezes, de como é importante se apaixonar por Jesus antes de se apaixonar por alguém. Todos amam ler sobre o amor romântico, mas algo me diz que é do amor divino que realmente precisamos.
Espero que isso tenha te edificado pelo menos um pouco!

Graça e paz!