Crise econômica, política e social: por quê, Deus?

Como esse versículo é reconfortante, não?! No capítulo 16 de João é contado sobre a despedida de Cristo dos seus discípulos, quando ele anuncia que morreria para cumprir o propósito de Deus e que o Consolar (o Espírito Santo) seria enviado. Ou seja, Cristo não os (e nos) deixaria sós! 

Ok, e Cristo apontou que passaríamos por dificuldades, mas, se Deus, que também é Cristo, é amor (1 João 4:7-9, 12,16; Efésios 3:19), por que ele permitiria que tantas crises e fatalidades acontecessem? Filhos matando os pais, traições, perseguições de todas as formas possíveis, corrupção, preconceito, fome, injustiças (...) Confesso que, durante muito tempo, esse era um questionamento que eu tinha. 

Mas, de um tempo pra cá, eu entendi que Deus não é o grande causador de tudo isso e que, definitivamente, ele não é um monstro! Os monstros, infelizmente, somos nós (Lucas 5:8; Ezequiel 18:24). Nós, eu digo, os humanos. Isso porque, Ele, com toda sua misericórdia, nos concede o livre arbítrio (Gálatas 5:13; Salmos 119:45; Romanos 8:21; Tiago 1:25) – afinal, você escolhe trair, escolhe corromper, escolhe matar, escolhe ter preconceito, escolhe quase tudo! Assim, e desde o Éden, tivemos a capacidade de escolher o rumo que traçaríamos. E nós escolhemos o pecado (Gênesis 3:6; Romanos 5:12) e a separação de Deus (Gênesis 3:23-24). Resolvemos viver às nossas próprias custas, sofrendo todas as consequências possíveis.

A partir daí foi que surgiram todas as crises e confrontos imagináveis, a começar pelo rompimento da relação pessoal de Deus com Adão e Eva (Gênesis 3: 16-19), e a crise no relacionamento homem-mulher (Gênesis 3:12), e depois por Caim matar seu irmão Abel (Gênesis 4:8). Apesar disso, Deus, assim como Cristo em João 16, não nos desampara (2 Coríntios 4:9; 1 Reis 6:13). Ele, ao contrário, nos dá a oportunidade diária da busca pela salvação (Mateus 18:11; Atos 16:30-31; Salmos 37:39), que culminará em uma vida eterna, em um lugar sem mortes, guerras, nem tristeza (Apocalipse 21:4).

Obs: deve ter gente pensando “- Ah, mas ela acredita em Jardim do Éden, céu e inferno?” Sim, e de todo o meu coração (João 14:1). Acredito porque sei que Deus não é mentiroso (Tito 1:2), como estamos acostumados a ver muita gente por aí; e que quando Ele fala... Ah, coisas inimagináveis podem acontecer, viu?! (1 Samuel 2:5; Mateus 12:22; Êxodo 7:9) Na verdade, eu acho que a gente, depois de frequentar a escola e passar por muitos professores ateus e textos literários que julgam sem conhecer, absorvemos coisas como “relativizar e racionalizar tudo”, que “a História pode ter sido forjada”, e todo o tipo de conspiração possível. Prefiro equilibrar a razão e a fé, porque assim acho que não deixo de ser sensata, mas ao mesmo tempo não desconsidero um Amor com “a” maiúsculo, como o Amor de Deus (João 3:16).

Continuando... Na carta a Gálatas, Paulo aponta os frutos da carne, como: o adultério, a idolatria, feitiçarias, homicídios, bebedices e glutonarias (Gálatas 5:19-21). E em seguida pontua os frutos do espírito, que são os que devemos buscar: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fé, a mansidão e a temperança (Gálatas 5:22). Penso que, se nos arrependermos (Marcos 1:15) e buscarmos viver conforme os frutos do espírito (1 Timóteo 6:11), poderemos ter um pouco de paz nesse mundo de guerras, um pouco mais de amor, frente a tanta impiedade, enquanto Cristo não voltar (Mateus 27:24-31; Salmos 6:4).