Série Plano da Salvação |#04| Jesus: legado

Quando comecei a escrever essa série de posts, contei para uma
amiga minha. Quando ela perguntou qual era o tema, falei “é sobre o plano da
salvação”. E ela ficou sem entender. Afinal de contas, o que significa isso?
Como vimos nos posts passados, o homem pecou e isso o
condenou, automaticamente, para o inferno, contrariando os planos que
Deus tinha para os seres humanos. Diante disso, Deus planeja uma forma
que permita o homem retornar para o estágio que ele nunca deveria ter saído: o
jardim. E é justamente essa forma que consiste no plano da
salvação. No texto de hoje vamos deixar bem claro como Deus resolve esse
problema que o pecado causou.
E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
Hebreus 9:22
Desde o Antigo Testamento, quando Deus instituiu a Lei que os
judeus deveriam guardar e cumprir, já havia essa ideia de que apenas o
derramamento de sangue purifica o homem dos seus pecados. Dessa
maneira, haviam vários rituais em que o sacrifício de animais (sempre sem
defeitos) limpava pecados e agradavam o Senhor.
Sacrifício e oferta não pediste, mas abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado, não exigiste. Então eu disse: Aqui estou! No livro está escrito a meu respeito. Tenho grande alegria em fazer a tua vontade, ó meu Deus; a tua lei está no fundo do meu coração.
Salmos 40:6-8
No entanto, ainda no Antigo Testamento, nos deparamos com esse
Salmo. Deus não está interessado em sacrifícios. Ele não queria
animais queimados ou rituais vazios. Ele sempre quis as pessoas, os corações.
Deus quer adoração, fé. Mas por que Ele instituiu a Lei com tais rituais de
sacrifício?
Então disse Deus: "Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei".
Gênesis 22:2
A resposta está no título do post que fizemos sobre o Antigo
Testamento: uma construção. Deus, desde o início, tinha em mente que a forma de
nós sermos salvos seria com o sacrifício de Jesus. Assim como um cordeiro sem
defeitos, Ele foi dado em sacrifício para que os nossos pecados fossem pagos. No
entanto, antes que o tempo certo chegasse, Deus encontra maneiras de
avisar o povo sobre o que viria. O Antigo Testamento é uma grande
alegoria, que constrói as bases do Novo Testamento, em que o
plano é, finalmente, executado.
E por que eu e você devemos ficar impressionados com isso?
Deus, antes mesmo de criar Adão, já sabia que o homem iria
pecar. Isso não significa que Ele fez com que Adão pecasse, mas apenas que Ele
sabe de todas as coisas. E, desde então, Ele se dispôs a cumprir suas
próprias regras para que nós vivêssemos. A fim de cumprir sua lógica de
justiça (afinal, quem peca merece o inferno), separou o Seu Filho
Primogênito, que também é Deus, o enviou à Terra, fez com que Ele
vivesse 33 anos sem nunca pecar, e, no momento da cruz, colocou sobre
ele todos os pecados. Todos. Os meus, os seus,
os de quem já morreu e os de quem ainda vai nascer. Jesus suportou todos
os pecados, sem nunca ter cometido nenhum, por minha causa. Por sua
causa.
A partir do momento da crucificação de Cristo, todos os pecados
estão perdoados. Ora, se um homem pecou apenas uma vez e o pecado se espalhou
pela humanidade, não tem nada de contraditório a morte de um homem, que viveu
sua vida inteira sem pecados, salvasse toda a humanidade.
Percebe o quanto a salvação não é sobre mim ou você, mas sobre
Deus? Nós não fizemos absolutamente NADA para que isso acontecesse! Ele mesmo
abandonou o céu e, por amor a nós, morreu para pagar o preço da sua própria
justiça. Dessa forma, podemos ser salvos, mesmo sem merecermos, porque
Ele cumpriu, em nosso lugar, aquilo que o pecado não nos permite: uma vida sem
defeitos, dedicada a Deus.
No entanto, o papel de Jesus não acaba por aí. Ao terceiro dia,
Jesus ressuscita. Com isso, Ele demonstra que o pecado não tem mais o poder
de matar qualquer pessoa que Nele acredita. Se participarmos da morte de
Jesus para o pecado, também participaremos da Sua ressurreição! A
partir do momento em que é possível viver eternamente com o Pai, graças à
crucificação de Jesus, o diabo foi definitivamente derrotado.
Se o plano de satanás era separar o homem de Deus e trazer consigo a humanidade
para o inferno, agora é possível salvação e vida eterna com o Senhor! Se antes
nosso destino certo era o inferno, agora o paraíso é uma opção
real!
Então, para resumir, o mesmo Deus que impôs requisitos
para nossa salvação é o Deus que envia seu Filho Unigênito para viver a vida que
todos nós deveríamos viver. Ele deposita sobre Cristo todos os nossos
pecados e, através desse sacrifício, somos considerados retos e limpos de
pecado. Isso acontece porque Deus vê Jesus em cada um de nós,
se temos Cristo como nosso Salvador e Senhor. Ao invés de ver nossos pecados,
o sangue de Jesus os cobre e nos justifica perante ao Pai.
Amanhã vamos falar sobre como a crucificação de Jesus muda a
forma como a Lei é vista, assim como o que significa a tão famosa “graça”.
Ele cresceu diante dele como um broto tenro, e como uma raiz saída de uma terra seca. Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos.
Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima.
Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido.
Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.
Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.
Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca.
Com julgamento opressivo ele foi levado. E quem pode falar dos seus descendentes? Pois ele foi eliminado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo ele foi golpeado.
Foi-lhe dado um túmulo com os ímpios, e com os ricos em sua morte, embora não tivesse cometido qualquer violência nem houvesse qualquer mentira em sua boca.
Contudo foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o Senhor faça da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor prosperará em sua mão.
Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento meu servo justo justificará a muitos, e levará a iniquidade deles.
Por isso eu lhe darei uma porção entre os grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes, porquanto ele derramou sua vida até à morte, e foi contado entre os transgressores. Pois ele carregou o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.
Isaías 53:2-12
Graça e Paz!
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