Como da palma a mão

Você acha que se conhece?  Vamos fazer um teste. Pegue uma folha de papel e desenhe o contorno de sua mão. Agora feche a mão que você contornou e, sem olhar para ela, tente desenhar as linhas de sua mão. Como foi? Conseguiu se lembrar? Ficou parecido com as linhas da sua mão de verdade? Não é tão fácil quanto parece, não é?

Hoje quero compartilhar com vocês algo que Deus tem ministrado o meu coração e creio que isso pode ser uma das chaves para aprendermos a amar as outras pessoas da maneira como Jesus ensina, principalmente as que não gostamos.

Muitas vezes nós dizemos que nos conhecemos, sabemos quem somos. Mas, se não sabemos completamente o desenho das linhas de nossas mãos, imagine só se conhecemos completamente o nosso caráter, nosso coração e nossos defeitos. Ainda não somos capazes de conhecer a profundidade dos nossos sentimentos e da nossa alma e, diante disso, não somos capazes também de formarmos juízo sobre nós mesmos.

E mesmo tendo conhecimento disso – de que não somos capazes de julgarmos a nós mesmos porque não nos conhecemos por completo – achamos que temos a capacidade de julgarmos o outro. Veja bem, se você, que é você mesmo, não se conhece por completo, imagine só conhecer completamente outra pessoa.

Já ouviu aquela expressão “conheço fulano como a palma da minha mão!”. Sério? Tem certeza disso? Um simples desenho pode comprovar que você não se conhece como pensa, e muito menos conhece o outro. Logo, assim como você não pode fazer julgamentos sobre si mesmo, você também não pode fazer sobre outra pessoa. Achar que conhecemos alguém não nos direito de julgar as atitudes dessa pessoa.

Deu é o único que nos conhece por completo, ele é o único que sabe de todas as nossas capacidades, nossas fraquezas, nossos defeitos. E, da mesma forma que somente ele nos conhece, somente ele conhece o outro. Só Deus pode julgar a nós e ao outro; só ele é capaz de ser justo, pois ele conhece pontos da nossa personalidade e intenções dos nossos corações que nem mesmo nós conhecemos.

Portanto, temos que parar de achar que temos o direito de falar mal de fulano ou ciclano só porque convivemos com a pessoa e achamos que a conhecemos. Temos que parar de querer acusar o outro, limitar o outro, enquadrar o outro em um julgamento ou um padrão que só faz sentido para nós.

Temos que aprender a suportar o outro. Se não gostamos de alguém, temos que aturar aquela pessoa e tentar amá-la como Jesus amou. Porque se ele conhece o coração dessa pessoa por completo e ainda assim a ama, então quem somos nós para fazer juízo e difamações a respeito dela?

Pense nisso!

Graça e paz,

Bruna.