Quando a grama do vizinho é mais verde

Sempre fico pensando que as coisas que Jesus fala são muito simples, mas, ao mesmo tempo, extremamente profundas. Quando perguntaram a Ele qual era o primeiro de todos os mandamentos, Cristo responde da seguinte maneira:

O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
Marcos 12:29-31

Jesus poderia ter dito apenas sobre o primeiro mandamento e nada sobre amar o próximo. Ele falou sobre as duas coisas porque ele queria nos mostrar que de nada adianta amar a Deus se nós não amarmos aqueles que nos rodeiam. Na verdade, sequer é possível.

Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? 1 João 4:20

Mas hoje desejo falar sobre algo mais específico do que o amor pelo próximo. Na verdade, falarei sobre uma consequência desse amor.

Ficar feliz pela conquista do outro.

Há algumas semanas atrás eu estava conversando com uma amiga sobre isso. Sobre como é difícil nós ficarmos felizes com as coisas que as outras pessoas conquistam, principalmente quando nós não alcançamos tal objetivo ou quando acreditamos que aquela pessoa não merece. Essa conquista pode ser, literalmente, qualquer coisa. Um carro novo, ficar noivo(a) de alguém, fazer uma viagem incrível, comprar um apartamento, conseguir um emprego, ser promovido, conseguir uma vaga na universidade, ter aprovação em um concurso, etc, etc.

Nós, cristãos, temos essa mania de ficar comparando nossa vida com a de todo mundo: tanto com a dos cristãos, quanto com a dos que estão no mundo. E qualquer diferença é motivo para reclamação. Se a pessoa for da igreja, você pode enumerar quantas coisas erradas ela já fez, e como Deus deu para ela algo que você merecia muito mais. E, se a pessoa não for cristã, você pode pensar que Deus perdeu a cabeça ao permitir que “um pecador” tivesse tal bênção enquanto você está aqui, a ver navios.

Então, de uma vez por todas, nós precisamos entender: não devemos comparar nossa vida com a de ninguém. Absolutamente ninguém. Nem com a vida dos seus irmãos, que têm uma criação parecida e, tecnicamente, teve uma vida igual a sua. Todas as pessoas são únicas, e Deus escolheu fazer algo incrível: dar a cada pessoa uma história única.

As coisas acontecem de maneiras diferentes para cada pessoa. Em velocidades distintas. Isso e a diversidade de bênçãos concedidas por Deus tornam nossas vidas um presente feito com amor, carinho e criatividade. Deus tem planos para você que Ele não fez para mais ninguém!

Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.
Jeremias 29:11

E a partir desse entendimento, de que Deus não tem filhos preferidos e que sonha coisas maravilhosas e únicas para todos nós, podemos fazer algo que Jesus nos pediu para fazer: amar o nosso próximo como nós amamos a nós mesmos. Se você tivesse conquistado aquilo que o seu amigo/familiar/conhecido acabou de alcançar, quão feliz você estaria? Como você gostaria que as pessoas encarassem o seu sucesso? É exatamente dessa forma que você deve agir!

Nosso mundo está cada vez mais cheio de amizades interesseiras, recheadas de inveja e estamos permitindo que isso seja empurrado para debaixo do tapete. Inveja significa impureza nos nossos corações! Devemos amar sempre e a todos. Então, a partir de hoje, comprometa-se a ficar feliz pelo o que faz o seu próximo feliz. Afaste-se da inveja, da ganância e da falsidade!

Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros.  (1 João 4:11)