Especial Dia dos Namorados |#01| Acertando os ponteiros com Deus
Olá, pessoas!
Como vocês já devem estar cansados de saber, a Sexta-Feira da semana que vem será Dia dos Namorados. Por mais que todo mundo diga que é apenas mais uma data comercial, não deixa de ser um dia especial – tanto para quem namora, quanto para quem está solteiro.
E, pensando nesses dois tipos de pessoas, nós resolvemos fazer uma semana “temática”. Então a partir de hoje nós teremos postagens diárias para cristãos que querem saber mais sobre o que a Bíblia tem a dizer sobre nossas vidas amorosas. Eu, como uma cristã solteira, escrevo especialmente para os solteiros e as solteiras que nos leem – especialmente, mas não exclusivamente, hein, meu povo? Quem namora também tem que ler sobre o assunto que trataremos hoje!
Eu pensei em fazer postagens com temas que eu considero realmente importantes para os solteiros que, assim como eu, querem o melhor de Deus para essa área de suas vidas. É óbvio que não sou uma expert em relacionamentos, mas conto com o Espírito de Deus para me guiar, a fim de tratar esse assunto com sabedoria.
Mas agora chega de enrolação e vamos partir para o tema de hoje: nosso relacionamento com Deus e como isso pode ter alguma coisa a ver com nossa vida amorosa.
Antes de mais nada, quero dizer que toda vez que eu lia um artigo ou um livro cristão sobre relacionamentos, pulava aquela parte que dizia da importância da nossa intimidade com Deus. Durante muito tempo eu fiz isso e não percebia o quanto isso era uma das razões que me faziam quebrar a cara. Então quero deixar bem claro que, quando se trata de relacionamentos, a nossa relação com Deus NÃO é bobagem. E falo sério quando digo que NENHUM relacionamento amoroso seu dará certo até que você acerte os ponteiros com o Senhor.
Consegui sua atenção?
Então vamos lá.
A primeira vez que me senti mal por nunca ter namorado foi com 11 anos de idade. Exatamente, onze anos. Eu ainda brincava de boneca, cobiçava o patinete alheio e não tinha autorização para ir além da padaria do bairro. Logicamente, a pressão para arranjar um ficante/namorado vinham de outras crianças de 11 anos. E, conforme as crianças de 11 anos foram se transformando em adolescentes de 15 ou adultas de 20, uma coisa permaneceu: a pressão em ter alguém que “te ama” e ter alguém “para amar”.
É óbvio que nenhum namoro é um mar de rosas, mas parece que todo mundo compra a versão hollywoodiana – que apenas inclui buquê de rosas vermelhas e encontros românticos. Então muita gente – mas gente com força! – entra em um relacionamento após o outro para ver se acerta na loteria e ganha o romance das telonas de cinema. As pessoas tratam as outras como se fossem descartáveis a partir do momento em que elas não satisfazem seus desejos egoístas e imediatos. E você que me lê sabe que essa realidade não fica fora das paredes da igreja.
O que deu errado? Onde nós erramos? Eu orei por um namorado “de Deus”! Eu pedi a Deus para que meu namoro desse certo, eu jejuei por ela, eu conheci e frequentei a casa dos pais dele.
Onde nós erramos?
É nesse ponto que os livros começam a perguntar como vai o nosso relacionamento com Deus e essa é a parte em que nós ficamos revoltados, porque precisamos de uma solução imediata para a nossa eterna frustração em não encontrar o tão desejado Príncipe e a tão idealizada Princesa de Deus. Mas, eu prometo, a resposta está exatamente nesse tópico.
Não faz muito tempo que aprendi que nosso relacionamento com Deus deve ser baseado puramente em amor. Se eu amo o Deus que eu sirvo, eu viverei para Ele, eu serei capaz de desistir dos meus sonhos para viver os Dele, eu serei capaz de amar os outros porque entendo que Ele ama a todos da mesma maneira. Apenas quando eu conseguir amar a Deus, serei capaz de entender que o real amor é altruísta, paciente, perdoador e constante.
Poucas são as pessoas que conseguem entender isso, quem dirá fazer. Eu encontro dificuldades diárias em amar Deus da maneira que eu devo amar. E aí entra um problema típico da área de relacionamentos: tratar Deus como se Ele fosse um gênio da lâmpada.
Não importa se você é solteiro ou se namora: você já fez isso. Tratou Deus como um mero instrumento para satisfazer os seus desejos. Não quis ouvi-Lo, apenas pediu por aquela bênção, apenas pediu um “ok” naqueles planos já em fase de execução.
É aqui que nós erramos. Vez após vez.
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.
Salmos 139:23,24
Antes de fazer qualquer coisa na sua vida, Deus vai te moldar e te preparar para o que Ele tem guardado para você. Ele vai quebrar o seu orgulho, Ele vai esmagar sua vaidade, Ele vai revelar seus pecados e defeitos, Ele vai te revirar do avesso, só para te colocar de volta nos trilhos.
Para que isso aconteça, você precisa estar disposto a aceitar a bagunça que isso vai gerar. Você precisa entender que nada disso é uma punição, mas um dos maiores privilégios que você tem como cristão: ficar, a cada dia, mais parecido com Jesus. Enquanto esse processo for acontecendo, você vai aprender que, na verdade, todas as fontes de felicidade secarão ao longo da vida, menos o nosso Deus. Você entenderá que nossos planos e sonhos nem sempre são os melhores para nós mesmas, mas que Deus, que nos conhece em todos os aspectos, sabe melhor qual é a opção perfeita para o nosso futuro.
Por isso que ter um relacionamento profundo, dinâmico e sincero com o Senhor é tão importante para um namoro/casamento saudável. Nós nos conhecemos melhor, ficamos mais dependentes de Deus e menos dependentes da outra pessoa. Muita gente procura um namorado para ser feliz, quando essa felicidade já deveria existir! Existem muitos cristãos ansiosos para se casarem, mas, queridos, o período como solteiros é o que Deus usa para te preparar para as próximas fases da vida. Ele tem um plano diferente para cada pessoa, um tempo diferente para cada pessoa. Então ao invés de compararmos nossa vida com a dos outros, temos que olhar para Deus e entender o que Ele tem para cada um de nós. De repente eu vou me casar daqui a cinco anos. Ou daqui a dez anos. Ou talvez eu nunca me case. Isso significa que Deus é um carrasco que adora me ver solteira? Não! Isso significa que Ele tem planos para mim diferentes daqueles que eu mesma tenho. E, de coração, eu entrego minha vida nas mãos Dele, porque tenho certeza que, seja o que Ele tenha em mente, é o melhor para mim.
Então, caso você já esteja namorando, se questione sinceramente se o seu relacionamento com Deus é o ideal. Busque orar mais, ler mais a Bíblia, procurar qual é a vontade de Deus para a sua vida. Ore pelo seu namoro, mas lembre-se que ele não deve ser o centro da sua vida ou da sua felicidade. E se você está solteiro ou solteira, não tenha pressa para namorar. Invista o tempo de solteiro no seu relacionamento com Deus, no seu crescimento espiritual e, no tempo certo, as coisas acontecerão.
Eu já posso ouvir você falando que com você é diferente, porque você nunca namorou ou porque você já está “na idade de casar”, então vamos combinar uma coisa: você vai continuar lendo esse especial, porque depois de amanhã teremos um post inteiro só para tratar da paciência no período de espera. Aí sim poderemos tratar desses problemas de maneira adequada, ok?
Então é isso, minha gente! Lembrem-se de que apenas Deus consegue preencher nossas carências e que só a partir de uma vida espiritual saudável e forte que outros relacionamentos saudáveis e fortes serão possíveis.
No post de amanhã falaremos sobre a pureza!
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
1 Coríntios 13:4-11
Obs: vale a pena ler esse post da Vitória, que sabe falar dos assuntos do coração muito melhor do que eu haha. E esse texto do blog Graça em Flor também é sensacional para as irmãs que estão ansiosas para encontrar o 'cara certo'.
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