Deus de barganha
O tempo médio de oração
de um cristão hoje, tirando por base um pastor, está entre 5e 10
minutos. E muitos de nós ainda nos perguntamos porquê é que as
coisas não têm dado muito certo para nós quanto aos frutos que
deveríamos dar. Esperamos resultados imediatos às nossas preces e
jejuns, sem termos em mente que o tempo que nos dedicamos a buscar o
próprio Deus é muito menor que o tempo que temos dedicado a buscar
os números e os fins das nossas ações. Além disso, nós oramos quando nos convém: quando precisamos de um "favor de Deus", de um milagre ou uma intervenção imediata dos céus.
Comumente, nosso tempo de
oração e intimidade com Deus se resume a “Deus, porque minha
vida está tão bagunçada? Eu oro todos os dias, eu leio a Bíblia,
sou líder, sou do louvor, prego a Palavra e mesmo assim parece que o
número de pessoas que eu alcanço é mínimo; meus resultados não
são efetivos. Senhor Deus, por que isso acontece comigo?” Você
se identifica com essas frases, com algum desses pontos da oração?
Pois bem, isso é como os cristãos têm enfrentado e encarado seus
momentos de intimidade e oração. Esse tempo consiste mais na
obrigação e na reclamação diária que no momento de prazer na
presença do Senhor, de conhecê-lo, de buscá-lo. E assim que as reclamações acabam, acaba também o momento de oração.
Pensamos que a oração,
assim como o jejum – prática que foi quase desaprendida pelo
crente atual – são processos de barganha com o Senhor. Encaramos
esses dois momentos como artifícios para ter uma dívida com Deus.
Se você pensa assim, se pensa que a oração e o jejum são métodos
de troca com o Senhor, você está redondamente enganado. Não é
porque você se esforçou e se “consagrou” por dias, semanas e
meses, que o Senhor lhe deva alguma coisa agora. Definitivamente,
você não consegue chantagear a Deus com seu jejum e sua oração;
você consegue sim abrir o seu coração para a revelação de Deus
sobre quem Ele é, e o que Ele espera de você.
Quando você ora e jejua,
você abre o seu coração para Deus. E quando digo orar, não quero
dizer falar para Deus, como
estamos acostumados. Quero dizer conversar com
Deus, de uma maneira completa, onde as duas partes falam. Isso exige
que, além de ser sincero, devemos aprender a ouvir e compreender o
que Deus responde para nós. Devemos começar a discernir o arrepio,
a emoção do que é profundo e real. Aprender a buscar a Deus sem esperar o
que ele pode te oferecer de volta é um passo primordial se queremos
conquistar intimidade com Ele e, aí sim, sermos honrados com
resultados significativos.
A
vida em Deus se baseia no ser
de Deus, e não no fazer para
Deus. Portanto, não espere ser recompensado por um tempo de procura
por algo que não seja Deus em sua essência, pois esse é o motivo
primordial de nossa existência. Deus
não é um Deus de conveniências, ele não vai apenas atender aos
seus chamados, mas ele exige ser atendido e servido, de coração. A
oração e o jejum não são ferramentas para alcançar os seus
objetivos com Deus, mas sim a maneira que Deus tem de te acessar pra
alcançar os Seus objetivos com você. Não se amolde a esse modelo
de “vida com Deus” onde acontece somente o venha a nós
o vosso reino porque antes disso
a frase é Santificado seja o Teu nome.
Entende a diferença?
Não
é a sua conveniência que atingirá o coração de Deus, porque ele
não se deixa ganhar nas barganhas e trocas que o cristão tem
tentado fazer hoje. O que moverá o coração do Senhor na sua direção é fazer a vontade dele, santificá-Lo e se mover na direção dele. Então ore para ter mais conhecimento de Deus,
jejue para receber mais revelação. Esse é o ponto final das
coisas: buscar o Senhor. Busque-O.
Orem continuamente.
1 Tessalonicenses 5:17
Sejam
abençoados, bom dia!
0 respostas: