A força do amor

               Quando olho para a cruz, a única coisa que posso sentir é amor. Quando leio os evangelhos de Jesus, a sua crucificação, a sua morte, tudo o que consigo ver é o amor incondicional que Deus tem por nós, por mim. Esse amor é incomparável, e inexplicavelmente grande. Esse amor nos preenche, nos deixa satisfeito e nos faz ser feliz. Nós podemos nos sentir amados por qualquer pessoa, mas quando nos sentimos amados por Deus o nosso coração fica vibrante, tem alegria, tem paz, tem descanso. Quando nos sentimos amados por Deus, ainda que não nos sintamos dignos de tanto amor, nós nos tornamos plenos. Esse amor foi demonstrado por mim e por você, no dia da morte de Jesus.

                Quando lemos sobre a Gênese da humanidade, logo podemos perceber que o plano de Deus sempre foi ter algo para amar. Deus criou tudo o que há no mundo, a terra, as águas e os animais e plantas. E ele gostava do que via. Ele criou o céu e a luz, a noite e a escuridão e gostava do que via. Mas ele queria mais. Deus queria algo com que pudesse interagir, algo para que pudesse exprimir sua paixão, que entendesse o propósito. Então Deus nos criou. Deus nos criou para nos amar.

                Depois da queda do homem, nossos corações se tornaram corrompidos e o nosso interesse por Deus diminuiu. Ficamos frios para com o Seu amor, insensíveis à grandiosidade de seu sentimento por nós. No decorrer da história da Bíblia, vemos como o povo de Deus e os homens em geral endureceram os seus corações e viraram as costas para o que Deus sentia. Feriram os sentimentos dele, provocaram Sua ira; fizeram com que ele os recusasse, os ferisse. E, ainda assim, ao fim de cada passagem, no fim de cada história, Deus teve compaixão do povo, Deus converteu Sua decisão. Mudou de ideia. O Deus imutável mudou por nós. Cedeu por amor.

                Mas nem mesmo tanto amor foi capaz de mudar o coração do homem. Nós continuamos pecando, continuamos a dizer não para esse amor de Deus. O mundo chegou a um limite, onde a tristeza era tanta, o pecado era tanto, que foi preciso superabundar graça. Foi preciso inundar o mundo com amor, foi preciso impactar gerações e gerações com um gesto de paixão, para que todos vissem o que ele sentia por nós, para que sentissem esse amor. E então ele entregou Jesus, o seu único Filho, o seu Amado. E assim ele chegou no ponto mais alto de seu amor, no ponto mais alto do seu sacrifício por nós. Ele se entregou a nós.

                Quem você conhece no mundo que se entregaria por você? A sua mãe talvez. Acho que a minha também se entregaria por mim. Pais. Alguns poucos amigos. Mas quem você conhece, no mundo, que entregaria um filho em favor da sua vida? Foi isso que Deus fez por nós.

Essa foi a força do amor de Deus. De geração em geração os povos ouvem falar de Jesus. Dia após dia uma nova pessoa se converte a esse amor do Senhor. É esse amor que mantém a direção para aqueles que creem no poder de Jesus. E é esse amor que me atrai dia após dia, que me enche, que me faz sentir amada, que me faz crer no futuro. E, sinceramente, eu já deixei de acreditar nesse amor. Coloquei o amor do mundo na frente do amor de Deus, fiz do mundo a minha prioridade e me apaixonei por coisas banais, mas o amor do Senhor me envolve e me chama de tal maneira que eu não consegui resistir e me entreguei completamente a ele.

Eu não sei qual é o momento da sua vida agora: se você conheceu esse amor e o abandonou, se você disse sim a esse amor, se você ainda não o conhece. Mas para todas essas fases, qualquer uma delas que você esteja, saiba que esse amor é fundamental na sua vida. O amor de Deus por nós e eterno, e ainda que você não o sinta, ele está presente, em todos os momentos, dos mais difíceis aos mais fáceis, dos tristes aos alegres. Não há um dia, um momento, um segundo sequer que Deus não derrame o seu amor com bondade sobre nós.

Caso você se esqueça disso, olhe para a cruz e se lembre da força desse amor.

Com amor em Cristo,

Bruna