#Religiões05 - Islamismo

                Muhammad, o precursor da religião islâmica, teve uma vida de sofrimentos durante a infância, chegando até a viver de maneira pastoril no deserto, mas essa vida o ensinou a paciência e a indulgência dos pastores, o que veio a lhe beneficiar muito. Quando tinha por volta de quarenta anos, ele tomou o costume de ir à uma caverna meditar e, em uma dessas meditações, ele ouviu a voz do anjo Gabriel, que lhe pedia que repetisse algumas palavras. Depois de certo tempo de insistência, na terceira recusa então, Muhammad acabou cedendo e repetiu as palavras. Essa revelação (e outras mais que deram origem ao livro do Alcorão) o exortava à pregação da unicidade de Deus universalmente. O começo da propagação da mensagem que ele recebeu não foi fácil, sendo o caso de ele e os seus seguidores terem que se mudar para a Etiópia e passarem um tempo refugiados lá. À essa migração, dá-se o nome de Hégira. Desde o começo, nas primeiras batalhas por conquista territorial, os mulçumanos já apresentavam uma força de guerra muito grande e um posicionamento muito duro contra aqueles que não os apoiavam, ou que constituíam um grupo diferente do deles. Após a conquista de Meca – cidade de origem do islã – os mulçumanos adotaram uma postura ainda mais rígida com aqueles que constituíam seu grupo, ainda que povos com outras crenças, que tinham que se submeter às leis deles.

                O Islã é uma religião estritamente monoteísta, com Deus sendo base de sua fé. Para os mulçumanos, Deus é Criador, não nasce nem dá a luz, ele cria. Acreditam também nos anjos, que devem ser nada mais que servos de Deus, adoradores Dele. O Islã acredita em todos os profetas, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, incluindo Jesus e João Batista; para eles Deus enviou os profetas para todos os grupos, e não somente para um ou outro, com a missão única de instruir que os povos adorem somente a Deus. Um outro ponto importante é que, para eles, Muhammad não foi o fundador do Islã, mas todos os profetas já o praticavam; Muhammad foi apenas o último profeta, através do qual Deus trouxe as últimas e verdadeiras revelações. Os livro que baseiam a são os livros de Abraão, o Torá de Moisés, os Salmos de Davi, o evangelho de Jesus Cristo e também o Alcorão, que contém as revelações de Muhammad.

                O Paraíso também é um dos conceitos do Islã e, segundo eles, vão para o Paraíso aqueles que vivem de maneira correta com Deus e a vida. Todos seremos julgados e, nesse dia, os bons, merecedores entrarão no Paraíso, e aqueles que não foram bons, não agiram de maneira correta, serão julgados e castigados. Assim também eles crêem que cada pessoa já tem o seu destino traçado por Deus, que tem o conhecimento do que cada pessoa irá fazer.

                No islamismo, existem cinco “passos” a serem seguidos por todo mulçumano. O primeiro pilar é a Declaração de fé é o testemunho que o fiel mulçumano dá de que ninguém merece adoração exceto Deus e que Muhammad é o mensageiro de Deus. O simples fato de faze essa declaração já torna a pessoa mulçumana e já lhe concede o direito de adorar a Deus. O segundo pilar é a Oração, feita cinco vezes ao dia: ao amanhecer, ao meio-dia, no meio da tarde, no pôr-do-sol e à noite; esse rito lembram aos crente de Deus, reafirmam a sua dependência de Deus; a oração é uma expressão de adoração, humilhação e submissão a Deus e podem ser feitas em qualquer local que esteja limpo. O terceiro pilar é a Caridade Compulsória que consiste em uma “devolução a Deus”, por meio da caridade, de 2,5% dos bens anuais de um indivíduo; dessa maneira, a fortuna é purificada e as pessoas necessitadas são ajudadas. O quarto pilar é o Jejum de Ramadã, feito no nono mês do calendário lunar, em que os mulçumanos de abstêm de comida, bebida e atividades sexuais desde amanhecer até o pôr-do-sol; esse jejum desenvolve a espiritualidade e a dependência de Deus, e promove a identificação uma identificação com as pessoas menos afortunadas. O quinto e último pilar é o da Peregrinação, que diz que, pelo menos uma vez na vida, se tiver condições físicas e financeiras, deve sacrificar seu tempo, fortuna, status, e confortos habituais da vida para fazer a peregrinação à Meca, se colocando totalmente a serviço de Deus.

                Hoje, o islã é dividido basicamente em duas ramificações: os sunitas e os xiitas. Os sunitas compreendem a maioria dos mulçumanos atuais. Entretanto, os mulçumanos são aqueles que pertencem à linhagem fundamentalista e radicalista do islamismo, e são eles que têm chamado mais a atenção nos últimos tempos. São esses que são considerados terroristas e cometem ataques como os do 11 de Setembro e os que recentemente vimos à França, contra jornalistas que, segunda a versão deles, teriam desrespeitado a fé deles. Eles também são os que constituem o grupo Hamas, que tem atacado Israel incessantemente, na tentativa de extinguir o país israelense.

                O islão é uma religião muito rica. Estudando pra escrever esse texto, eu me admirei muito com a dedicação deles a Deus, a oração e ao jejum. Sei que nós costumamos ter uma visão muito ruim dos mulçumanos, por causa dos radicais, mas a verdade é que a grande maioria dos crentes no islã é pacífica e vive apenas para o bem do próximo, no seu mundinho, sem fazer mal a ninguém.  Para quarta-feira que vem, teremos o último texto da série que trará um pouco de conhecimento sobre o cristianismo. Sei que já falamos sobre algumas religiões cristãs e algumas outras que, apesar de não serem cristãs, acreditam na vida e no ministério de Cristo. Não perca, será o último, pra fechar essa série que tem trazido tanto conhecimento!

                Deus te abençoe!

                Bruna