#QuestõesDeFé 06 - Conhecimento e fé

segunda-feira, fevereiro 09, 2015 Maravilhosa Graça 0 Comments


Olá pessoas! Hoje é o último post da nossa série de temas ‘polêmicos’ e eu gostaria de agradecer você que nos leu até aqui. Gostaria de deixar claro, dessa vez dando mais detalhes, o porquê de todo esse assunto.

2014 foi um ano muito bom e muito difícil para mim. Estava indo para a universidade e estava cheia de medos: medo de não gostar do curso, medo de sair do colégio, enfim, cheia de medos diante do fato que estava sendo expulsa da minha zona de conforto. Mas uma coisa, a única que realmente aconteceu, não estava entre os meus medos: ter a fé abalada.

Eu estudava em um colégio confessional, então nunca tive muito contato com ateus convictos, que expusessem seu posicionamento de maneira firme e clara. Tive esse primeiro contato na universidade. E creio que esse foi um dos maiores privilégios que já tive. Comecei a questionar tudo. Absolutamente tudo. E, se posso ser bem sincera com vocês, todos nós sabemos que questionamentos não são muito bem vindos no meio cristão. Quando eu expunha algumas das minhas dúvidas, ninguém me ajudou a chegar a uma resposta; ou as pessoas me julgavam, ou elas também estavam com essas dúvidas. Deus existe? A Bíblia é verdadeira? Por que eu deveria viver de acordo com ela? Como acreditar que Deus existe se isso, isso e aquilo acontece? Por que? Como? Isso é possível?

As perguntas não cessavam. E me sentia péssima, porque ao mesmo tempo que todas as minhas certezas estavam abaladas, eu ainda escrevia no blog, eu ainda era considerada um exemplo de fé. Eu me sentia terrivelmente culpada pelo fato que me sentia uma mentira. Eu era uma cristã por fora, mas não sabia o porquê que carregava aquela crença. Então eu decidi me afastar do Maravilhosa Graça, por uma questão de coerência. Não podia fortalecer a fé dos outros se a minha não estava forte.

No final de 2014 eu sabia que isso não podia continuar assim. Eu sabia que Deus existia, porque eu havia experimentado da presença Dele, eu sabia que Ele me amava e havia me salvado. O problema é que eu havia trocado as coisas de lugar. Eu havia colocado a razão na frente da fé. Eu vi uma pregação do Pastor Lucinho em que uma moça resumiu todo o meu problema: há um culto, uma verdadeira adoração à razão. A ciência se diz capaz de explicar tudo, nós temos cada vez mais tecnologia, nosso mundo é cada vez mais preciso, matemático, programado para funcionar com rapidez. E, leitores e leitoras: é impossível enquadrar Deus nesse padrão. Nós nunca conseguiremos examinar Deus, demonstrar sua vontade em uma fórmula ou mesmo entendê-Lo completamente. Como já citei antes: se Deus fosse pequeno o suficiente para ser entendido, não seria grande o suficiente para ser adorado. Tenho uma amiga que sempre me fala que não podemos colocar Deus em uma caixinha. Ele é maior que isso.

Mas, ao mesmo tempo que Ele é infinitamente além da nossa capacidade de compreendê-lo, Ele permite ser conhecido. Como assim? Simples: nós O conhecemos o suficiente para termos condições de confiarmos Nele, de vivermos nossa vida Nele. Ninguém nunca se dispôs a responder aquelas perguntas (ou pelo menos tentar) para mim, então me senti na obrigação moral de fazê-lo assim que eu tive condições. O objetivo dessa série é mostrar para todas as pessoas que têm dúvidas, mas não têm com quem conversar sobre isso (ou até mesmo sente medo de falar sobre isso), que a fé não está morta entre essas perguntas. Pelo contrário: ela está pronta para ser fortalecida, pronta para ser trabalhada.

Quero deixar claro que a moral da história NÃO é uma separação entre conhecimento e religião. Não é como se nossa crença não pode ser pensada e discutida. Não é como se tudo o que você aprendeu de filosofia precisasse ser jogado fora quando se trata de religião. Mas, da mesma forma que há um método científico para provar fenômenos naturais, devemos entender que tal método não se aplica a um Deus que é sobrenatural. Se excluirmos a fé da equação, nada no cristianismo nos parecerá verdadeiro, ainda que tenha lógica. Devemos, sim, nos esforçar para conseguir transmitir a nossa mensagem para aqueles que não creem, mas não teremos como incutir a fé em seus corações. Esse não é nosso trabalho. Convencer é papel do Espírito Santo, nossa função é transmitir a mensagem. Assim, creio que não podemos crer, de fato, em Deus sem as duas coisas: se o conhecimento estiver sem a fé, a mensagem parecerá loucura; se a fé estiver sem o conhecimento, estaremos vulneráveis, sem nenhuma possibilidade de ter uma fé firme.

Talvez você tenha alguma dúvida que não foi abordada nessa série, ou esteja passando por uma crise na sua fé, assim como eu passei, peço que você clique aqui e assista a esse vídeo.

Enfim, aqui termina a série de posts, mas vocês sempre são mais que convidados para deixar dúvidas, sugestões e comentários por aqui! Obrigada por acompanharem!

“Aceitem uns aos outros para a glória de Deus, assim como Cristo aceitou vocês” Romanos 15:7

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