Série Plano da Salvação | #02 | Construção do Antigo Testamento
Como foi dito no último post, Deus havia criado o mundo e os homens. Ele tinha o desejo de ter um relacionamento com os seres humanos, mas de uma maneira que homens e mulheres pudessem o escolher livremente. Para tanto, Ele nos deu o livre arbítrio, que é a possibilidade de agir segundo a razão ou agir de acordo com as inclinações da carne. O ser humano peca, e Deus se vê em uma situação complicada.
É essencial que você entenda que não era a primeira vez que um ser criado por Deus se rebelava contra Ele. O primeiro de todos foi Lúcifer. Ele, cheio de orgulho, vaidade e ganância, desejava ser semelhante a Deus, com o mesmo esplendor e poder. (Leiam Ezequiel 28.12-17 e Isaías 14.12-15 para saber mais sobre a queda de Lúcifer)
Diante da rebelião de Lúcifer e seus anjos, Deus determinou uma punição para eles: o inferno. Um abismo, um lugar de fogo e de sofrimento. Morte eterna. Tudo isso foi pensado para o diabo e seus anjos.
Quando o diabo consegue tentar o homem e faz com que ele peque, nós, seres humanos, nos enquadramos exatamente no pecado que satanás cometeu. Eva come o “fruto proibido” acreditando que ela seria como Deus, conhecendo tudo o que Ele conhece (Gênesis 3:4-6). Adão e Eva cometem o mesmo erro: se rebelam contra Deus e acreditam que podem ser como Ele. E, por esse motivo, recebem a mesma condenação: o inferno.
No entanto, tal pecado não permanece apenas no primeiro casal, mas é transmitido para toda a humanidade. Todos nascem já condenados à morte eterna. E isso, claramente, é um desvio do plano original que Deus tinha: um relacionamento com os seres humanos, que duraria a eternidade. E não podemos esquecer que Deus nos ama, então mandar todos os seus filhos, feitos a Sua imagem e semelhança, para o inferno (lugar designado para o diabo, não para humanos!) não o deixa super feliz e satisfeito. No entanto, Deus é justo e não seria coerente com Sua natureza não dar aos seres humanos o que eles, de fato, merecem.
É exatamente nesse momento que Deus monta o plano da salvação. De um jeito maravilhoso, altruísta e cheio de amor, Deus fará jus às suas exigências, a fim de que nós possamos, de fato, viver ao lado Dele e desenvolver aquele relacionamento que Ele tinha desejado no início de tudo.
E esse plano começa no Antigo Testamento, em que Ele lança as bases que sustentarão toda a trama que foi produzida para nos salvar.
O Deus Pai é o protagonista do Antigo Testamento. Ele escolhe o povo judeu para guardar os seus mandamentos, e demonstra muitos dos seus atributos nas histórias que acompanhamos nos primeiros livros da Bíblia. Deus é fiel com os judeus no deserto (história narrada no livro de Êxodo), os guiando com uma nuvem durante o dia, com uma coluna de fogo durante a noite e fornecendo o maná todos os dias dos 40 anos que eles levaram para sair do Egito até chegar à Terra Prometida. Deus é soberano quando, ao testar seu servo Jó, demonstra que Ele é quem sabe de todas as coisas e de todos os propósitos que permeiam nossas lutas e dificuldades. Deus é justo quando escolhe seu servo Davi pelo coração e não pelas aparências. Deus é amor quando olha para esse mesmo servo e, mesmo vendo seus pecados e fraquezas, diz que Davi era um “homem segundo o coração de Deus”.
Ao mesmo tempo, Deus se importa em se impor como autoridade, como Soberano e Todo-Poderoso. Milagres eram recorrentes (Daniel na cova dos leões, Jonas na barriga do peixe, o maná que caía do céu, a água que brotou da rocha quando Moisés ordenou, as pragas do Egito) e o poder de Deus se fazia manifesto. Os judeus aprenderam a temer a Deus e, assim, a respeitar a Lei.
Falando nela, a Lei era extremamente importante para os judeus. Ela não se restringiu aos famosos Dez Mandamentos, mas abrangia rituais e costumes que permeavam a cultura desse povo. No Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) vemos Deus dando instruções ultra-específicas (como seria, por exemplo, as medidas do Templo e o material usado para cada ornamento) que deviam ser cumpridas à risca – muitas vezes sob pena de perder a própria vida.
Um dos institutos mais importantes da Lei foi o sacrifício. Animais sem defeitos deveriam ser sacrificados para purificar as pessoas do pecado. “Não há perdão de pecados sem derramamento de sangue” (Hebreus 9:22) foi o ensinamento mais recorrente no Antigo Testamento.
No entanto, o povo não vivia naqueles tempos com a perspectiva de continuarem com seus sofrimentos por tempo indefinido. Os profetas revelavam pequenos detalhes de um Messias, que os livraria das dificuldades e que seria o seu Rei. Os judeus cumpriam toda a Lei, mas esperavam um Salvador que fossem o seu Senhor. Vou enumerar algumas das profecias (são muuuuitas) que serão cumpridas pelo nosso Senhor Jesus Cristo:
1. O Messias nasceria da "semente de uma mulher" [Gênesis 3:15a]
2. O Messias derrotaria Satanás [Gênesis 3:15b]
3. O Messias padeceria ao reconciliar os homens com Deus [Gênesis 3:15c]
4. O Messias seria como um cordeiro de sacrifício [Gênesis 22:8]
5. Nenhum dos ossos do Messias seria quebrado[Êxodo 12:46, Números 9:12, Salmos 34:20]
6. O Messias seria feito maldito para redimir o homem [Deuteronômio 21:23]
7. Líderes Políticos e religiosos conspirariam contra o Messias [Salmo 2:2]
8. O Messias seria ressuscitado e coroado como Rei [Salmo 2:7c]
9. O Messias clamaria a Deus [Salmo 22:1a]
10. O Messias, angustiado, oraria sem cessar [Salmo 22:2]
11. Escarnecedores diriam do Messias, “Confiou em Deus, livre-o agora” [" Salmo 22:8]
12. O Messias teria sede um pouco antes de sua morte [Salmo 22:15]
13. Sortes seriam lançadas pela roupa do Messias [Salmo 22:18b]
14.O traidor do Messias seria um amigo com quem ele partiu pão [Salmo 41:9]
15. O Messias viria para todos os povos [Isaías 11:10]
2. O Messias derrotaria Satanás [Gênesis 3:15b]
3. O Messias padeceria ao reconciliar os homens com Deus [Gênesis 3:15c]
4. O Messias seria como um cordeiro de sacrifício [Gênesis 22:8]
5. Nenhum dos ossos do Messias seria quebrado[Êxodo 12:46, Números 9:12, Salmos 34:20]
6. O Messias seria feito maldito para redimir o homem [Deuteronômio 21:23]
7. Líderes Políticos e religiosos conspirariam contra o Messias [Salmo 2:2]
8. O Messias seria ressuscitado e coroado como Rei [Salmo 2:7c]
9. O Messias clamaria a Deus [Salmo 22:1a]
10. O Messias, angustiado, oraria sem cessar [Salmo 22:2]
11. Escarnecedores diriam do Messias, “Confiou em Deus, livre-o agora” [" Salmo 22:8]
12. O Messias teria sede um pouco antes de sua morte [Salmo 22:15]
13. Sortes seriam lançadas pela roupa do Messias [Salmo 22:18b]
14.O traidor do Messias seria um amigo com quem ele partiu pão [Salmo 41:9]
15. O Messias viria para todos os povos [Isaías 11:10]
(Nos posts sobre Jesus pretendo colocar os versículos em que tais profecias são cumpridas.)
Podemos pensar no Antigo Testamento como o período em que Deus se apresenta como um deus Todo-Poderoso e sedento por justiça. Essa faceta de Deus continua a nos lembrar, a todo tempo, que estamos em dívida com Ele. Ao mesmo tempo, Ele envia profetas que alimentam no povo de Israel a esperança de um Messias que os salvariam da escravidão, da pobreza e dos fardos que eles já estavam cansados de carregar. A Lei era detalhista, exigente e tornava o ato de adoração mais uma obrigação do que um prazer. Deus era distante (o Santo dos Santos, local onde Deus se encontrava dentro do Tabernáculo, só podia ser visitado por um Sacerdote que tivesse passado pelo processo correto de purificação – e apenas uma vez ao ano!) e o homem era um mero pecador, indigno da presença divina. Essa era a situação e, aparentemente, isso permaneceria para sempre.
Bem, até um certo menino nascer na cidade de Belém. Mas isso é assunto para o post de amanhã!
Acho interessante que vocês leiam as seguintes passagens (e meditem um pouco mais sobre como era viver no contexto do Antigo Testamento):
Gênesis 19:23-29 (Sobre a destruição de Sodoma e Gomorra);
Gênesis 22:1-18 (Sobre a alegoria do sacrifício de Jesus através do sacrifício de Isaque);
Êxodo 17:1-7 (Sobre o milagre da água da rocha) e
Números 15:1-10 (Leis sobre ofertas e sacrifícios).
Gênesis 22:1-18 (Sobre a alegoria do sacrifício de Jesus através do sacrifício de Isaque);
Êxodo 17:1-7 (Sobre o milagre da água da rocha) e
Números 15:1-10 (Leis sobre ofertas e sacrifícios).
Porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, lã purpúrea e hissopo, e aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo, dizendo: Este é o sangue do testamento que Deus vos tem mandado. E semelhantemente aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os vasos do ministério. E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.
Hebreus 9:19-23
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