#QuestõesDeFé 02 - Existe apenas um deus?
Olá pessoal! Semana passada nós tratamos sobre a existência de Deus, e nós expusemos uma série de argumentos que levam a crer que há um ser superior que criou o Universo, o planeta Terra e, consequentemente, os seres humanos. Entretanto, ainda que você tenha plena consciência de que há um designer por trás de toda a criação, ainda há a seguinte dúvida: seria apenas um Deus? Haveriam deuses (ou deusas)? O que nos faz acreditar no Deus que o cristianismo nos apresenta? É sobre esse assunto que falaremos no post de hoje.
Se você já passou (ou está passando) pelas aulas de biologia, química e física no Ensino Médio, você sabe que as leis da natureza são exatas, constantes e imutáveis. Não há como mudar a força da gravidade, nem a maneira como a água evapora, nem as propriedades químicas das substâncias. O que eu quero dizer é que há uma uniformidade na criação, um padrão. Isso, ao ser colocado ao lado do fato de que há um criador, me faz enxergar uma vontade única, ou pelo menos convergente, quanto a tudo.
Em religiões politeístas (como o hinduísmo ou a mitologia grega), no geral, há uma tendência de que os deuses sejam daquela localidade, daquele povo. Costuma-se dizer que apenas nas religiões monoteístas há uma pretensão universalista. Assim, se houvesse mais de um deus, como saber qual ‘grupo’ de deuses seriam os verdadeiros? Seriam os deuses da Índia? Da Grécia? Todos eles? E, se apenas um grupo de deuses fosse verdadeiro, como ficariam aquelas pessoas que nunca ouviram falar daquelas divindades, porque naquela comunidade há o entendimento que os deuses são apenas daquela localidade?
Além do problema de qual ‘grupo’ de deuses seriam os reais, há a questão de que, normalmente, no politeísmo, deuses têm outros deuses como inimigos, além de apresentarem características humanas. Assim, os deuses têm defeitos e qualidades, apresentando ciúmes, ira, fraquezas, egoísmo, vontade de vingança, etc. Como poderíamos conciliar uma criação perfeita, com uma inegável unidade, com deuses que se digladiam a fim de suprir seus anseios? Como eles poderiam ter entrado em consenso quanto a um objetivo tão grande (a criação do Universo), quando ainda tem pequenos conflitos pendentes?
De maneira bem resumida, a questão principal aqui é: como conciliar uma criação dotada de unidade e perfeição com deuses imperfeitos e em constante conflito entre si? A partir do momento que assumimos que há um Deus perfeito por trás de uma criação perfeita, tal problema desaparece. A partir do momento que assumimos que apenas tal Deus existe, podemos entender como a criação tem um padrão, um modelo perfeito, porque não há vontades divergentes, mas apenas uma vontade agindo com um propósito.
O que nos faz acreditar no cristianismo?
Verdade seja dita: acreditamos no cristianismo, primeiramente, devido a nossa cultura. Se tivéssemos nascido em um país islâmico, provavelmente adoraríamos a Alá. Se tivéssemos nascido em uma tribo indígena, provavelmente participaríamos dos cultos característicos daquela comunidade. É por isso que eu queria tanto fazer uma série como essa, para trazer consciência para nossa fé: para acreditarmos em Deus não por mero costume, mas por crer, com nossa alma e intelecto, que Ele é verdadeiro. (Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. Marcos 12:30)
Nunca tinha pensado muito nisso até chegar na faculdade. Tive aulas de antropologia logo no primeiro período e percebi que para a maioria das pessoas, o Deus que eu sirvo não se difere em nada dos folclores e das divindades que eu enxergo, claramente, como falsas. Essas pessoas me fizeram perceber que eu acreditava em Deus por puro hábito, que eu nunca tinha me questionado sobre nada do que eu seguia. Não foi a melhor das revelações, mas isso me auxiliou muito a entender quem não acredita em Deus, além de me incentivar a iniciar um pensamento mais lógico quanto à existência de Deus.
Tem uma frase que me ajudou muito durante esse período e que tento não perder de vista enquanto escrevo esses posts:
Se Deus fosse pequeno o suficiente para ser entendido, Ele não seria grande o suficiente para ser adorado. (Evelyn Underhill)
Meu objetivo não é colocar Deus dentro de uma caixinha e examiná-lo com um microscópio. Meu objetivo é fazer com que você creia em Deus não por ter medo do inferno, mas por entender toda sua grandeza e compreender o significado por trás de tudo isso. Uma vida sem Deus é uma vida sem sentido. Como poderemos servi-Lo, entregar nossas vidas a Ele se sequer sabemos o por quê de acreditarmos nEle? Como poderemos acreditar, de fato, nEle, se não sabemos responder as questões mais básicas como: Deus realmente existe? Apenas um é verdadeiro?
Não sou uma especialista no assunto, mas quero apenas mostrar que se nosso Deus é verdadeiro, como eu acredito que é, Ele permite, até certo ponto, ser conhecido e questionado. Questionado não no sentido de desafiado, mas no sentido de ser compreendido melhor, para que possamos, inclusive, explicar mais para os outros quem é o nosso Senhor.
O elemento da fé jamais sai ou sairá de cena: é a fé que nos salva. E é justamente pela fé que sabemos que o nosso Deus é o verdadeiro. É através da nossa experiência pessoal com Ele que temos a certeza de que estamos no caminho certo. Com essa série, não pretendemos substituir isso pela razão, mas pretendemos fornecer um incentivo para você alicerçar bem essa fé, de uma maneira que ela não seja derrubada por um par de perguntas que, talvez, você nunca tenha parado para pensar. Como vocês já sabem, dúvidas, perguntas, sugestões, elogios e qualquer palavra podem ser enviadas para o nosso email (tuagracabasta@gmail.com), além de que nosso Facebook e Tumblr estão à disposição. Semana que vem o tema será: Por que eu acreditaria na ressurreição de Jesus?
“Aceitem uns aos outros para a glória de Deus, assim como Cristo aceitou vocês” Romanos 15:7
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