Ter controle das emoções = ser parecido com Jesus

Por que eu estou contando tudo isso? Espera só um pouquinho que você já vai entender…

Terça-Feira, no entanto, não foi um dia tão bom. Logicamente não foi perfeito. Mas o ônibus estava vazio e eu fui sentada, os meus dois professores foram dar aula e acabaram exatamente no horário previsto, a chuva parou antes de eu sair, o metrô chegou rapidamente, estudei o que eu queria estudar naquela tarde. Mas, ao invés de ficar feliz como eu havia ficado na Segunda Feira, naquele dia eu estava irritada. Recebi um email que me fez ficar nervosa, as pessoas não faziam o que eu achava que elas deveriam fazer, parecia que tudo estava nas minhas costas e eu, no final do dia, estava exausta e quase explodindo. Naquele dia, eu escolhi ver apenas as coisas ruins.

Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.
Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós,
Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.
Efésios 4:29-32

Já faz um mês que eu escolho um “versículo da semana” pra minha vida. E, na semana passada, essa foi a minha escolha. Deus me ensinou muito naqueles dias sobre isso que está escrito em Efésios.

Todos nós temos os nossos dias bons e dias ruins. É normal acordar de mau humor de vez em quando, assim como é normal se sentir, sem razões aparentes, extremamente feliz e satisfeita com a vida. No entanto, nós devemos controlar as nossas emoções.

O ponto chave das nossas emoções, que poucos percebem, é que elas afetam as pessoas que estão ao nosso redor. Você não gosta de ficar próximo a alguém nervoso, mau humorado e emburrado, certo? Mas, ao mesmo tempo que somos severos em cobrar um comportamento alegre e generoso das pessoas que nos rodeiam, somos muuuito tranquilos e compreensivos com nossas variações de humor. Quantas vezes você percebe que disse uma palavra agressiva ou que poderia ter sido mais gentil, entretanto argumenta com você mesmo “mas, dentro das circunstâncias em que eu estou, isso é certo!”. Quer um exemplo?

Você está muito cansada e arruma um lugar no ônibus. Vem uma mulher com uma criança pequena. Ao invés de colocar as necessidades daquela pessoa na frente das suas, você pondera “eu realmente estou cansada. Outras pessoas podem levantar para ela se sentar”. Em uma situação genérica como essa, fica fácil ver o que é justo e o que é injusto. Mas quando nosso conforto, nosso nervosismo, nosso tempo e nossas prioridades estão em jogo, é simples e confortável relativizar e distorcer qual comportamento é correto.

Nós devemos ser alegres e gentis, SEMPRE. A todo momento. Desde o momento que nós acordamos até o momento que vamos dormir. Mas gentileza e alegria não vêm do nada. Ela vem de alguém que é amável, de alguém que é manso, de alguém que é altruísta. Ser gentil não é fácil. É pensar nos outros ainda que isso signifique que ninguém esteja pensando no seu lado, é ceder sem esperar que isso lhe seja retornado, é falar mansamente quando a raiva cresce por dentro, é olhar para as pessoas como se elas fossem almas e não corpos apenas – porque, afinal, essa é a verdade. Ser feliz também não é fácil. Parece que tudo coopera para nos desestabilizar. Ansiedade, estresse e nervosismo tomam o lugar das risadas e da paz.

No versículo de Efésios que destaquei, Paulo foca nas palavras, porque elas são o meio mais eficaz para trazer vida ou destruição. “De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.” (Tiago 3:10) E cabe a nós mudar o nosso comportamento.

Contei dos dois primeiros dias da minha semana pra demonstrar duas coisas. A primeira delas é quase óbvia. Quando eu estava feliz apesar das circunstâncias, tratei as outras pessoas de uma forma melhor do que quando estava insatisfeita com tudo. Quando eu tratei as outras pessoas com gentileza, fui mais parecida com Jesus do que quando eu fiquei olhando para os meus problemas, para as minhas necessidades e esqueci que outras pessoas, tão importantes quanto eu, estavam ao meu redor. O segundo ponto: estar satisfeita com as circunstâncias, ainda que elas não sejam as melhores, nos faz melhores. As dificuldades ficam mais fáceis de serem superadas, você cresce na sua fé e, acredite: Deus nos dá a força necessária para tratar o próximo com amor, ainda que tudo coopere para que essa atitude seja interrompida.

Espalhar o amor de Deus não se resume a dizer o que Ele tem feito por nós, mas demonstrar que Ele é capaz de modificar nosso comportamento e nossa forma de ver o mundo, que Ele é amor em cada mínimo detalhe dos nossos dias. Desafie-se a ser alguém mais paciente, mais generoso, mais bondoso e mais gentil. Dessa forma Deus não estará visível apenas nas suas palavras, mas nas suas ações, nas suas emoções e nos seus pensamentos!

Que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.
Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação.
Efésios 4:1-4

Carol