Porque a boca fala...
"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei." Gálatas 5:22-23
Não é muito difícil sermos rudes com os outros sem percebemos, e também não é incomum nos magoarmos com aquilo que escutamos - e depois ficamos sabendo que a pessoa nem imaginava que teria essa importância para você.
E, ao receber palavras rudes, comecei a pensar nas minhas próprias palavras. É muito fácil apontar os erros alheios, mas é extremamente complicado nos disciplinarmos. Como podemos julgar o próximo, se cometemos os mesmos erros que ele? Como podemos cobrar uma atitude bondosa das outras pessoas, se somos maus com todos?
Fico particularmente alarmada e chateada com conversas que se baseiam na minimização da outra pessoa; com piadas que ridicularizam e bestializam personalidades, características e posturas. Absolutamente ninguém tem o direito de rebaixar outra pessoa.
"Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear, está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos Deus e Pai e com ela amaldiçoamos os homens, criados à semelhança de Deus." Tiago 3:8-9
Nossas palavras têm poder para trazer vida e para trazer morte. Temos a grande responsabilidade de saber usar nossas palavras para o bem. Podemos ajudar pessoas em momentos difíceis, aconselhar em decisões complicadas, levar a mensagem de Deus até elas. Mas também podemos menosprezá-las, ridicularizá-las e perdermos a oportunidade de fortalecer a fé do próximo. Vale à pena continuar proferindo palavras que trazem morte a quem escuta (e a quem fala)?
"Porque o que faço, não o aprovo; pois o que quero, isso não faço, mas, ao contrário, faço o que aborreço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; porque o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim." Romanos 7:15-20
Talvez você tenha se identificado com essa passagem: você sabe a diferença entre o bem e o mal, sabe que não deve cometer tal pecado, mas simplesmente não consegue parar. Você está acorrentado por ele (seja o mau uso da língua, seja idolatria, fornicação, cobiça ou vícios) porque é escravo dele. É impressionante como somos limitados por nossa natureza humana. A paixão pelo pecado é mais forte do que a razão. Minha vontade, razão, mente e consciência estão do lado de Deus, mas sou escrava de um senhor que não concorda que eu sirva a Deus.
"Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" Romanos 7:24
Jesus Cristo pode nos livrar dessa escravidão ao pecado! Ao morrer naquela cruz, Ele arrebentou os grilhões que nos prendiam à carne e agora temos o poder para escolher a liberdade.
"Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. A inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz." Romanos 8:5-6
E então, voltando ao início do post, percebi que o problema não eram as minhas palavras em si. Eu tenho o total poder de escolher o que irei dizer ou não: o problema era para qual lado estava inclinada.
Não acredito que exista uma linha que separe o certo do errado; acredito que existam caminhos diferentes. A partir do momento que você muda de direção (dando mais importância, cedendo mais tempo, ocupando mais seus pensamentos com coisas terrenas), as consequências aparecem. Se a boca fala do que o coração está cheio, precisamos prestar atenção com o que estamos alimentando nossa alma.
Para termos os frutos do Espírito especificados no versículo de Gálatas, devemos andar no caminho do Espírito. Devemos nos ocupar com a palavra de Deus e fixar nossos olhos “não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” 2Coríntios 4:18
Uma vida cheia de amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança, absolutamente, é o sonho de qualquer pessoa. Ao buscarmos mais e mais do Senhor, ao andarmos em seus caminhos e ao nos atentarmos para qual lado estamos inclinados, seremos capazes de crescer na fé e levarmos vida para outras pessoas, seja através de nossas palavras ou ações.
"O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da Lei." Romanos 13:10
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