Encontrei o céu quando toquei o chão

Eu cheguei fundo. Afundei-me o máximo, o meu máximo. Cheguei numa fase da minha caminhada cristã onde seguir a Cristo passou a não fazer tanto sentido para mim e ver todos os meus colegas e amigos não cristãos serem felizes do jeito que vivem me criou um desejo de experimentar – outra vez – esse estilo de vida. E o pecado, o estilo de vida, as bebidas e as músicas me atraíram e se chocaram contra tudo aquilo que eu vinha acreditando. Foi um choque tão grande que abalou minhas estruturas e me fez perder a fé, desconhecer a graça. Eu parei de olhar para cima e passei a olhar para os lados e então as luzes dos holofotes se apagaram pra mim.

Eu não sei quando e por que isso começou, mas imagino que nenhum daqueles que se perdem dos caminhos de Deus sabem a razão. E, como eu não sou diferente de ninguém, fiquei ainda mais perdida no meio da bagunça que a minha virou. Claro, tudo isso aconteceu com um histórico, pois eu já estava fraca e descrente. Eu não conseguia entender a graça, o amor e a vida: coisas que não deveriam ser dedicadas a mim, uma garota de alma tão impura e indigna. Eu não pude compreender antes, mesmo que todos ficassem repetindo e repetindo que Graça é de graça e que eu não precisava ser merecedora para que ela se derramasse sobre mim. Eu estava na igreja, conhecia a Palavra de Deus, mas meu coração ainda não tinha entendido o propósito de tudo aquilo. Foi necessário eu regredir, voltar ao ponto de partida, chegar no patamar mais baixo para conseguir olhar para cima.

Quando eu toquei o chão, encontrei o céu. Na situação que eu estava, era como se eu estivesse dentro de um poço. Dentro de um poço, quando você está entrando nele, tudo o que você faz é olhar para as paredes e se concentrar no chão, mas quando você chega ao chão, a sua única opção é olhar para cima. E eu olhei para cima agora. Não sei se você já se sentiu como eu, mas quando eu olhei para cima, aquele espaço apertado (as pessoas, os prazeres, as bebidas e  a falsa felicidade) se tornou insuficiente para mim.

Mas eu achei o céu quando o amor me buscou lá embaixo. Eu encontrei a vida quando a prostrei. Eu toco o céu quando meus joelhos tocam o chão. Touch the Sky – Hillsong

            Essa foi a essência do que aconteceu comigo. Não foi preciso grandes coisas para que eu entendesse o sentido de tudo, o meu chamado, o motivo da minha existência. Eu só precisei parar e olhar para cima, eu só precisei tocar o chão, dobrar os meus joelhos e me prostrar aos pós do Pai para que a graça dele fosse suficiente para mim. No momento em que eu achei que não tinha mais solução, que tudo estava perdido e que eu não teria mais forças para me levantar e continuar, Deus provou para mim que a força dele é que me ajuda, que me levanta. A graça dele é suficiente para mim.

            Existe uma música do Hillsong, que eu citei um trechinho logo acima, que representou toda essa fase que eu estou vivendo de sentir Deus na minha vida, de respirar novamente e sentir a alma renascer. Se você estiver ou não vivendo um momento parecido com, te aconselho ouvir essa música e fazer dela uma oração. Leia a letra dela e se atente em todas as frases, cante junto, não sei, mas faça dessa música, do que diz nessa música um novo jeito de viver a sua vida: se rendendo, se prostrando ao pés do Rei; e dançando em asas de eternidade.

“Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente a você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. 10Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco, é que sou forte.” I Coríntios 12:9-10

Graça e paz,

Bruna